Em 2013 o Daily Mail, um dos maiores jornais Britânicos, publicou um artigo que depois foi retirado do seu site, em que revelou que os EUA estavam a planear um ataque químico na Síria para depois culpar o regime Assad. Em Agosto de 2013 houve efetivamente um ataque químico em Ghouta que matou pelo menos 281 pessoas, e numa primeira instância muitos culparam o regime de Bashar al-Assad. As Nações Unidas acabaram por concluir que foram os rebeldes Sírios os verdadeiros culpados. Podemos ver o artigo retirado aqui em baixo (em inglês):
Numa altura em que o regime de Assad estava finalmente a começar a reconquistar o controle do território Sírio, o ultimo ataque químico, que fez pelo menos 70 vítimas segundo relatórios dos média, veio galvanizar mais uma vez todos os campos anti-Assad.

Donald Trump diz que o ataque mudou a sua visão de Assad. Até Benjamin Netenyahu, ele próprio acusado de usar fósforo branco contra a população de Gaza durante a invasão de 2008-2009, uma arma de guerra proíbida, já veio também condenar o ataque.
É sabido que o regime de Israel prefere que o regime de Assad perca a guerra, mesmo se isso significar uma vitória do Daesh, visto que o Hezbollah, que em 2006 derrotou o exército de Israel impedindo que este anexasse territórios no Sul do Líbano, depende de apoio vindo da República Islâmica do Irão e que passa pela Síria. Se a aliança entre a Síria e o Irão acabar, isso irá quebrar territorialmente o eixo Xiita ao meio (Irão-Síria-Hezbollah), permitindo então a Israel de perseguir os seus planos na área com menos resistência.
Alguns relatórios apontam para uma outra possibilidade- poderá ter sido um bombardeamento Russo que atingiu um depósito de armas dos ‘rebeldes’, sem saber que estes depósitos continham armas químicas. Uma coisa é certa. Este ultimo ataque químico vai reacender a guerra na Síria numa altura em que o regime de Assad estava muito perto da vitória.
João Silva Jordão