Ontem Maria da Graça Freitas, Diretora da Direção-Geral de Saúde cometeu a derradeira gafe que é a cereja no topo do gigantesco bolo de gafes e informações contraditórias com as quais foi bombardeando os portugueses, desde que apareceu pela primeira vez na televisão informando que o Novo Coronavírus não iria afetar Portugal. Esta senhora doutora não tem um pingo de formação sobre Leis e cometeu a enormidade e a leviandade arrogante de responder indiretamente ao Presidente da República em comunicado afirmando que a DGS não iria divulgar o parecer técnico que aquela Direção emitiu sobre a polémica realização da Festa do Avante e que está a criar uma verdadeira crise política junto do Governo e de ética junto da população portuguesa. Ou seja, esta diretora de um serviço de Saúde do Estado acha que está acima do Presidente da República, dos Deputados da Assembleia Legislativa e do próprio Governo…? Quem elegeu esta figurinha para o cargo que exerce, figura que, cada vez que abre a boca, cria uma crise social ou política?
Maria da Graça Freitas devia demitir-se imediatamente.
O país não pode andar a mando de uma pessoa que considera que um evento de 33.000 pessoas por dia, num total de 3 dias de festa, ou seja um evento de 100.000 pessoas não vai gerar cadeias de transmissão da Covid-19? E no entanto preocupa-se com números de transmissão de uma ou duas dezenas? Qual a lógica deste tipo de atuação e decisão? A resposta é clara: não existe uma lógica, nem sequer infantil, por detrás das suas decisões. Em plena crise pandémica, quando todo o mundo parece estar a entrar numa segunda vaga da pandemia, Portugal vai realizar um evento que é um mix de eventos com concertos, esplanadas, barracas de venda, restaurantes, numa concentração diária de 33.000 pessoas…? Como se vão processar as idas ao WC em segurança? Como vai ser quando os jovens tirarem as t-shirts e começarem a gritar e a dançar, alcoolizados em frente ao palco? Vão manter a distância de segurança? Vão manter as máscaras postas, com o calor que se vai fazer sentir no recinto da festa?
Daquela festa sairão jovens que irão entrar em contacto com pessoas idosas, com os outros colegas de escola, nos transportes, os quais poderão igualmente transmitir o vírus aos seus agregados familiares onde existirão também idosos. A Direção-Geral de Saúde não está a fazer um trabalho sério. E nesta questão da Festa do Avante, o evidente favoritismo à realização do evento, põe em causa a idoneidade de Maria da Graça Freitas.
Senhora Diretora, tenha a decência de se demitir. A senhora está a por em risco milhares de vidas de cidadãos portugueses. Devia ter vergonha por estar à frente de uma instituição que deveria defender a saúde dos portugueses. Não de a pôr em risco…!
Demita-se !

Texto de Pedro M. Duarte
Nota: O Parecer da DGS entretanto foi divulgado pelo Governo e está disponível neste link.