Pequeno e Médio Retalho da Baixa Pombalina Falido ou Encerrado

É desolador o passeio pela Baixa Pombalina, a um dia de semana, às 16:00 da tarde. Poder-se-ia dizer que não será muito diferente de um cenário de guerra. Diferente do lockdown total da primavera de 2020, este é, o resultado direto de meses de intermitência e de medidas anti-pandémicas, que na minha perspetiva, estão a ser lançadas aos pequenos e médios empresários de forma muitas vezes pouco lógica. Não existe um plano estruturado a nível europeu e nacional. Os presidentes de câmara baseiam-se em relatórios de óbitos e contágios para tomar medidas que estão a enterrar o nosso frágil tecido empresarial dos empresários de menor dimensão. Ao que parece, os políticos de uma forma geral, parecem estar empenhados em ignorar o esforço destes proprietários mais modestos, os que não pertencem às grandes cadeias de empresas mundiais. Apenas as grandes megastores se mantêm abertas, e mesmo assim, com poucos clientes no seu interior. As ruas também se encontram esvaziadas de material humano. Quase não se veem peões, a um dia de semana.

Fotografia realizada no passado dia 7 de janeiro de 2021, quinta-feira, às 16h

Por mais que digam que a vacina vai mudar este estado de coisas, ao ritmo a que está a ser produzida e administrada poderá demorar a criar alguma normalidade apenas em finais de 2022. Mas por essa altura já as lojas mais tradicionais e de menores dimensões poderão estar encerradas para sempre, perdendo não só a economia, que perde em diversidade, mas também porque estas lojas fazem parte da cultura lisboeta e portuguesa, em muitos casos. Globalizar o comércio é esterilizar a história de um povo, de uma nação. Mas talvez seja isso mesmo que muitos globalistas pretendam: anular a concorrência com a ajuda direta dos políticos, que “respondem” melhor aos estímulos negociais e poderes comerciais dos grandes gigantes, pertencentes à oligarquia das elites, o tal 1% da população que manipula já todo o dinheiro do mundo e que se prepara para escravizar a população mundial, ainda nesta década. E esta pandemia parece ter sido a desculpa perfeita para dar o golpe final e colocar em vantagem os seus lobbies de famílias ricas e da nobreza internacional.

Fotografias realizadas no passado dia 7 de janeiro de 2021, quinta-feira, às 16h

As sucessivas ondas de lockdows totais e parciais, recolheres obrigatórios e proibições de circulação que ainda estão para acontecer, pelo menos até finais de 2022 serão a machadada final nestes negócios. Mas ao que parece esta situação deixa alguns grupos de pessoas contentes, nomeadamente pessoas que defendem a redução substancial do consumismo como medida essencial para a sustentabilidade e para fazer face aos desafios de consumo e comércio que o mundo pode enfrentar, ainda nesta década. Não sabemos que futuro negro nos espera, mas claramente esta estratégia não parece ser o caminho. A sustentabilidade pode ser gerida em conjunto com as pessoas, sem deixar de fora soluções inteligentes e de cooperação com todos os atores e intervenientes na complexa equação da economia nacional e global. Mas parece que a inteligência de gestão é um atributo que muitos políticos não conhecem. E o resultado está à vista de todos. É nestes momentos que gostava de ouvir o que pensam as mentes brilhantes que se sentam no Parlamento Europeu.

Fotografias realizadas no passado dia 7 de janeiro de 2021, quinta-feira, às 16h

 

Texto e imagens de Pedro M. Duarte

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