No dia 1 de Agosto de 2021, o Dirigente Regional da Saúde (da Madeira), Pedro Ramos, numa entrevista à RTP, a qual está disponível aqui, fez as seguintes declarações:
“A informação para todos os países do mundo foi de que a vacinação é segura e é eficaz no escalão etário entre os 12 e os 17 anos. Neste momento decorrem estudos para as crianças, entre os 5 e os 11 anos, e entre os 6 meses e os 5 anos, estudos esses da Pfizer e da Moderna que estarão concluídos no final de Outubro (de 2021), e que darão um novo alento a este esquema vacinal porque já vimos que a COVID-19 tem mais uma arma que pode ser utilizada, e essa arma é a da vacina…”

A última frase ou não faz sentido, ou então é um deslize Freudiano- queria provavelmente dizer “temos mais uma arma que pode ser utilizada contra a COVID-19, e essa arma é a da vacina…” Vamos então focar a nossa análise na parte da declaração que faz algum sentido linguístico.
Primeiro ponto: A Pfizer já pagou milhões de Dólares em multas por ter feito relatórios fraudulentos e errados sobre a eficácia e segurança dos seus próprios produtos. A maior multa na história da “medicina” nos Estados Unidos foi aplicada precisamente à Pfizer por práticas de marketing fraudulentas- a multa foi no valor de 2.3 Mil Milhões de Dólares. Devia ser relativamente óbvio que não se pode confiar que alguma empresa farmacêutica faça avaliações isentas sobre os seus próprios produtos, sendo que estudos independentes são absolutamente vitais de forma a assegurar que são aplicadas metodologias correctas e de forma a reduzir ou remover potenciais conflitos de interesses. Isto aplica-se a qualquer empresa farmacêutica e a qualquer produto, porém, isto é particularmente óbvio no caso da Pfizer, dada a sua extensa história de fraudes, subornos e mentiras.
Segundo ponto: Esta declaração indica explicitamente que o Governo vai depender dos estudos das próprias empresas que vendem as vacinas para avaliar a segurança do programa de vacinação de bebés e crianças, e que não vai esperar por relatórios independentes antes de avançar. Isto demonstra, no mínimo, amadorismo e incompetência, sendo esta atitude certamente irresponsável, e até potencialmente criminosa. Lembremos também que as declarações de Pedro Ramos não se referem somente a crianças, mas também a bebés praticamente recém-nascidos, porque refere estudos sobre a vacinação de bebés quando diz “e entre os 6 meses e os 5 anos”…
Terceiro ponto: É óbvio que podemos prever com alguma certeza que estes mesmos estudos vão dizer que é absolutamente seguro vacinar bebés e crianças, na medida em que os autores dos estudos são as próprias empresas que fabricam as vacinas, e o objetivo principal das mesmas é fazer o máximo de vendas possíveis, e não proteger a saúde nem assegurar a segurança do público geral. A lista das multas que a Pfizer já pagou por fraudes e práticas criminosas é extensa e particularmente preocupante, e esta lista inclui vários incidentes em que a Pfizer subornou médicos para que estes usassem os seus produtos, entre outras práticas altamente repugnantes. Lembremos que a só Pfizer vai fazer durante o ano de 2021, no mínimo dos mínimos, vendas no valor de 26 Mil Milhões de Dólares.
Quarto ponto: Somos obrigados a reparar que a declaração de Pedro Ramos já assume que o resultado dos estudos será positivo, o que nós podemos assumir também por causa do ponto três. Porém isto não demonstra que algo está seriamente errado, e que o estado vai avançar com a vacinação de bebés e crianças, quer queiramos quer não, inconsequentemente dos resultados dos estudos independentes e credíveis?
Em conclusão, infelizmente, parece ser isto que o todo o Estado, e não somente o governo regional da Madeira, está a preparar, ou seja, avançar com a vacinação de bebés e crianças, inconsequentemente disso ser medicamente seguro e cientificamente racional. Afinal de contas, a 26 de Julho de 2021, o Público noticiou: “Vacinação de crianças: Governo vai esperar por pareceres dos peritos, mas avisa que não está refém da ciência”.
O governo não vai ficar “refém da ciência”? Isso é outra maneira de dizer que vai ouvir o que os especialistas têm a dizer, mas que vai tomar a sua própria decisão inconsequentemente dos factos que possam surgir entretanto. As declarações específicas foram: “A política não deve interferir na ciência, deve respeitar a ciência, mas também não está capturada nem refém da ciência. São dois âmbitos de decisão diferentes, mas com certeza muitas decisões que tomamos, ponderadas, com equilíbrio técnico, com equilíbrio político, são baseadas em suporte técnico e científico”, disse o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales.”