À imaginação colaborativa dos leitores, como uma mensagem engarrafada lançada no oceano ou uma música no espaço, na esperança desesperançada que algo se espolete:
Diagnóstico da situação:
O inimigo da humanidade e da conservação do meio ambiente favorável à sobrevivência da espécie humana é a vício imperial que tomou conta das mentalidades humanas, forma de manutenção e escamoteamento de sociedades de ordens através da fidelização geral à missão de exploração da Terra em nome das elites acumuladoras de riqueza.
Sintomas da crise de civilização e da globalização são muitos, o mais importante a incapacidade de acção das populações vítimas e cúmplices do estado de coisas sem saída, novamente acossadas por políticas de instigação do medo a servirem entre a submissão ao imperialismo norte-americano e a mesma submissão ao imperialismo chinês, repetindo o forçar dos dilemas da Guerra Fria, expropriadas da imaginação criativa que pode caracterizar a acção humana e a tornou uma espécie particularmente adaptativa.
Medidas a tomar:
Denunciar o modelo político hegemónico do partido leninista como uma etapa – a profissional, depois da esclavagista e da proletária – da submissão da vontade humana à missão imperial moderna. Reconhecer o abandono, na prática, da delegação em representantes profissionais da vontade colectiva, transformada num espectáculo de dissimulações.
Instituir o Rendimento Básico Incondicional de todos para todos, financiado directa e imediatamente por todas as pessoas. Parte importante e fixada igualmente para todos em percentagem do rendimento total gerado (50% ou mais) será distribuído igualmente por todos com um direito irreversível e não penhorável de cada pessoa, na expectativa de armar as populações de recursos para superação da fase profissional da submissão da vontade humana à modernização, em alternativa à avaliação e acção tecnocráticas totalitárias em curso, democrática ou autoritariamente, à norte-americana ou à chinesa.
Substituir o direito liberal por direitos de transformação com a finalidade de respeitar os desejos espontâneos das pessoas socialmente elaborados através de comunidades educativas auto-administradas e autorizadas a produzir os seus próprios julgamentos colectivamente sobre os comportamentos dos seus membros sob a forma de justiça restaurativa da comunidade educativa de que é parte.
Libertar as práticas e as instituições científicas das limitações utilitárias da tecnociência através do ensino desde tenra idade do aspecto centrífugo das ciências, i.e., do estudo dos panos de fundo da natureza, onde se inclua a humanidade, capaz de suscitar orientações existenciais de vida satisfatórias para todas as pessoas organizadas socialmente para participarem em grupos de investigação e divulgação científica à sua medida, no quadro de comunidades educativas.
Perspectivar políticas anti-extractivistas conservadoras do meio ambiente e da diversidade da vida em contexto de satisfação das necessidades básicas de todos os seres humanos e de realização prática dos direitos humanos. Em particular, censurar todas as iniciativas bélicas e reduzir ao mínimo as possibilidades de as tomar.