
Os portugueses podem contar com produtos mais caros no Pingo Doce e nos supermercados Recheio já para breve.
Em notícia avançada pela SIC, nesta terça-feira a GNR deu início a 77 mandados de busca domiciliários e 58 não domiciliários em território nacional, 7 mandados não domiciliários em Espanha, 6 mandados de detenção em flagrante delito em Portugal e dois mandados de detenção europeus no Reino-Unido, no âmbito de uma mega-operação europeia da Europol e Eurojust articulada com a Direção de Finanças do Porto. A operação “Hindola” conta com militares dos Comandos Territoriais da GNR do Porto, Braga, Aveiro e Évora e da Direção de Investigação Criminal (DIC) da GNR, 197 militares da GNR e 40 elementos da Autoridade Tributária. O Grupo Jerónimo Martins é um dos que está a ser investigado, se bem que poderá ser aquele sobre o qual esta operação venha a ter mais impacto.
A investigação decorria desde há um ano e identificou uma rede de empresas fantasma de dimensão europeia e de circuitos de faturação fictícios. Este esquema permitia a evasão do IVA, devolução indevida de reembolsos e recurso a utilização fraudulenta do regime do IVA nas transações intracomunitárias. Este esquema permitia ainda colocar os produtos no mercado português a mais baixo custo do que os valores de mercado, por concorrência desleal entre operadores e adulteração grave deste setor económico a nível nacional. Além destes crimes, o grupo obteve ainda uma vantagem patrimonial avaliada até ao momento em 4,2 milhões de euros. Os detidos estão indiciados dos crimes de fraude qualificada, introdução fraudulenta no consumo qualificada, associação criminosa, branqueamento, corrupção ativa e passiva, e prevaricação e denegação de justiça.

Texto de Pedro M. Duarte