Normalmente, a censura, e em particular a censura de Estado, parte do principio que a exposição a certo tipo de material tem efeitos negativos, nomeadamente, que desencadeia a degeneração intelectual e ética do espectador. Este material é então definido como sendo “perigoso”, e segue-se que o número de pessoas exposta a este material deve ser o mais reduzido possível. Para impedir o processo de degeneração por exposição a este material “perigoso”, o Estado vai portanto adoptar uma medida- a censura.
Esta medida torna-se rapidamente e inevitavelmente numa grande contradição, pois para censurar material, o Estado tem que eleger um conselho, e depois toda uma classe de operativos, para efetivar esta mesma censura. O conselho vai decidir qual o tipo de material a ser censurado, e a classe de operativos vai depois fazer uma triagem para decidir qual o material em circulação que adere aos parâmetros definidos pelo conselho como constituindo material digno de ser censurado.
Mas para o fazer, estes mesmos operativos são eles mesmos expostos a este material, que segundo o raciocínio inicial, provoca degeneração intelectual e ética a quem a ele está exposto. Pior ainda, enquanto que a maioria da população estaria, em condições normais, exposta a este material de vez em quando, esta classe de censores vai estar constantemente exposta a este material “perigoso”. Levando este raciocínio ainda mais longe, os censores, por estarem expostos ao pior do material durante muito tempo, vão, necessariamente, tornar-se particularmente degenerados.
Ou seja, para que a censura Estatal seja logisticamente exequível, ela tem que ser maneada por uma classe de degenerados profissionais.
Este ultimo ponto não deixa de ser, de certa forma, verdade, pois os censores são, por definição, degenerados, mas não por estarem expostos a material “perigoso”, mas por compactuarem com um mecanismo que é inerentemente irracional, contraditório e hipócrita.
João Silva Jordão
3 respostas
a censura verifica-se a todos os níveis duma comunidade.
depois do estado vem a comunicação social que ninguém elegeu.
não nos apresentam os factos mas a interpretação dos ditos.
no ataque ao Charlie a bófia vingou-se matando quem não sabemos se eram os autores dos disparos. as tvs rejubilaram com o facto da bófia matar em vez de prender. o mesmo aconteceu com o desfile dos ‘cagados de medo’.
este rapazito João Silva Jordão que se diz muçulmano, tem uma lata dos diabos para falar de censura!
Vai ver os teus irmaos muçulmanos e diz-me qual é o Pais muçulmano que nao tem censura?
Bem, os muçulmanos cortam logo tudo desde o inicio:
nao bebe, nao pode andar na rua sem o lenço, ou xaile, nao pode usar decote nem mini-saia, nao pode comer carne que nao seja Hallal (mas pode estar cheia de moscas).
Os muçulmanos nao podem fazer nada, nem dizerem nada e depois nos paises democraticos vêm armar confusao com a liberdade etc e tal.
Vai pra Siria vai e vê se morres bem longe de Portugal.