A responsabilidade das crianças

A responsabilidade das crianças

A erradicação da pobreza e da fome são os primeiros objectivos do desenvolvimento sustentável do milénio, da ONU. A pobreza e a fome está a bater à porta de muita gente, como os artistas, os restaurantes, os trabalhadores do turismo, os trabalhadores de grandes empresas que deixaram de o ser, com o confinamento. Uma parte importante das crianças em idade escolar continuam a obrigar as escolas a manterem abertas as suas cantinas durante as férias e o confinamento, pelo menos desde o empobrecimento decorrente da crise que começou em 2008. Sucessivas gerações de crianças, em grandes quantidades, passam fome com conhecimento das autoridades e da sociedade. Nada é feito para tentar cumprir os objectivos da ONU.

A falta de vergonha é tal que o ministro da educação das escolas fechadas veio a público anunciar orgulhosamente, como peça de propaganda, a prática de integração social das escolas ao alimentar crianças carenciadas. As expectativas cada vez mais baixas da população sobre o que pode esperar do estado levam-na a ficar grata por esse desempenho.

Entende-se ser normal haver grandes quantidades de crianças em idade escolar que passam fome. Há quem relacione isso com a pandemia de obesidade infantil – que nunca foi tratada como pandemia. Imagina-se que a alimentação é uma escolha de estilo de vida.

A sobrevivência de uma parte da população em Portugal, como nos países mais ricos do mundo, é tratada como uma escolha de responsabilidade individual. Também das crianças, Senhor?

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