Os números que a Direção Geral de Saúde apresentou no seu último “Relatório Linhas Vermelhas” da DGS, publicado a 31 de Dezembro de 2021, aponta para um simples facto: a maioria das pessoas que morreram em Portugal em Novembro de 2021 por causa do vírus Covid-19 receberam pelo menos uma dose de uma das vacinas contra a Covid-19. Como podemos ler no relatório:
“Relativamente à ocorrência de óbitos por COVID-19, tendo em conta o estado vacinal, verificou-se que, no mês de novembro (entre 01 e 30 de novembro de 2021), ocorreram 195 óbitos (65%) em pessoas com esquema vacinal completo contra a COVID-19, 10 (3%) óbitos em pessoas com dose de reforço e 95 óbitos (32%) em pessoas não vacinadas ou com vacinação incompleta.”
Porém, o relatório insiste em apresentar as vacinas como sendo ultra-eficazes contra a Covid-19, ao contrário do que os seus próprios dados apontam, quando diz:
“O risco de morte para os casos diagnosticados em novembro, medido através da letalidade, por estado vacinal, foi três a cinco vezes menor nas pessoas com vacinação completa em relação às pessoas sem esquema vacinal completo. Na população com 80 e mais anos, a dose de reforço reduz o risco de morte por COVID-19 quase para metade em relação a quem tem o esquema vacinal completo, e reduz mais de cinco vezes o risco de morte em relação aos não vacinados.”

É preciso perceber a manipulação estatística grosseira que estão aqui a fazer ao comparar as “pessoas com vacinação completa” com as pessoas “sem esquema vacinal completo” (mas que foram vacinadas) para depois poder defender a suposta incrível e inquestionável eficácia das vacinas. O que estão aqui a fazer é juntar os que receberam vacinas, mas não as doses de reforço, com os que não receberam vacinas nenhumas, para depois os comparar conjuntamente com os que receberam as doses de reforço. Isto é obviamente intelectualmente desonesto, pois a comparação mais importante no que toca a avaliação da eficácia das vacinas seria a comparação entre os não vacinados e os que estão vacinados, inconsequentemente de terem recebido, ou não, a dose de reforço. Sendo que os óbitos dos que receberam a dose de reforço são efetivamente baixos, representando somente 3% dos óbitos, usam então esta taxa de mortalidade baixa para defender a eficácia das vacinas, quando o que demonstra é todo o seu contrário- o facto da mortalidade só ser baixa entre os que receberam as doses de reforço demonstra a relativa ineficácia das vacinas, visto que a sua efetividade a prevenir hospitalizações e mortes por Covid é pouco duradoura e mesmo assim incapaz de impedir mortes na sua totalidade. São estas as conclusões básicas a retirar dos números apresentadas pela própria DGS.
Ou seja, em Novembro de 2021, a maioria dos óbitos foram entre pessoas vacinadas. Até as que foram inicialmente vacinadas e que, entretanto, já receberam um “reforço” representam algumas das mortes, representando 3% dos óbitos. Conjuntamente então, os vacinados representam 68% dos óbitos por Covid-19 durante o mês de novembro de 2021, constituindo assim uma clara maioria.
Mas então porque é que continuamos então a ver notícias que fazem declarações como que “As pessoas não vacinadas contra a covid-19 apresentam uma taxa de mortalidade quatro vezes superior aos vacinados”, neste caso citando o pneumologista Froes, cujo conflito de interesses já foi exposto, nomeadamente por receber quantias consideráveis de várias farmacêuticas, incluindo da Pfizer da qual recebeu cerca de 146,748 Euros, a mais importante fabricante de vacinas contra a Covid-19? E sobretudo, porque é que a DGS continua, inclusive contradizendo os seus próprios números, a querer impingir a tudo e todos que estas vacinas são seguras e eficazes quando os números cada vez mais apontam para que isto não seja de todo o caso?
Uma coisa é certa- existe uma aliança perniciosa entre as próprias instituições do Estado e a comunicação social ortodoxa, aliança esta que tem permitido a apresentação de informação de forma tendenciosa, tendência esta dependente numa grande quantidade de manipulação estatística e omissão de factos preponderantes.
2 respostas
O João está certíssimo em tudo o que afirma. Infelizmente, todos os media e partidos continuam a repetir ad nauseum a falaciosa narrativa oficial.
Gostaria de acrescentar dois pontos. A CDC americana reconheceu finalmente o que já se sabia há muito. Os testes PCR não são adequados para diagnosticar o C-19 e por cá as autoridades continuam a assobiar para o lado.
Mas permanece o tabu absoluto sobre o tratamento da doença. A DGS nas instruções para os sintomáticos e testes positivos recomenda, não com certeza o tratamento, mas o confinamento. Claro, bolas, tratamentos para quê se temos vacinas com fartura???
O João Jordão ao desmascarar as falsidades dos que tentam implementar uma agenda planeada há várias décadas jamais conseguirá emprego nos principais meios de comunicação social nacionais evidentemente pagos para defender a falsa narrativa com unhas e dentes.
Porém, quando se lê que houve “95 óbitos (32%) em pessoas não vacinadas ou com vacinação incompleta”, resta saber que percentaem desta percentagem não tomou qualquer vacina. Meu palpite, baseada na realidade de outros países, é que se trata de um número muito reduzido.
Continue assim. Excelente trabalho a relatar a realidade.